sábado, 14 de maio de 2016

A fé que nos guia

Na minha última consulta com o Doutor ele também me falou que tinha 70 % de chances de engravidar com a ovorecepção e eu disse a ele que o problema eram os 30% de não engravidar porque todas nós tememos o negativo no teste de gravidez, minha cunhada que me acompanhava me disse que ela era uma mulher de fé e que confiava no que Deus reserva pra mim e portanto acreditava que tudo daria certo. Bom eu sou muito é pé no chão então não acredito que os 70% são 100% por que se der errado o meu mundo não desaba é como lido com as coisas também não quer dizer que não tenho fé é que pode ser que eu não consiga de primeira e que consiga na segunda ou terceira tentativa sei lá.

O que é muito claro para mim é que independente de qualquer questão que vire mais um obstáculo eu tenho uma doença e no caso não tenho mais óvulos desde os 27 anos e quero ser mãe sendo assim tenho uma decisão a tomar e se a mesma for errada perante a igreja ou perante algumas pessoas o fato é que existe a nossa decisão minha e do seu marido e espero ser abençoada desta forma e que a fé nos guie e que a vontade de Deus prevaleça por que não cai uma folha de árvore sem que seja da vontade dEle.
Sendo eu católica apostólica romana a decisão se torna ainda mais difícil, porque segundo a igreja;
“As técnicas que provocam uma dissociação do parentesco, pela intervenção de uma pessoa estranha ao casal (doação de esperma ou de óvulo, empréstimo de útero), são gravemente desonestas. Estas técnicas (inseminação e fecundação artificiais heterólogas) lesam o direito da criança de nascer de um pai e uma mãe conhecidos dela e ligados entre si pelo casamento. Elas traem “o direito exclusivo de se tornar pai e mãe somente um através do outro” (leia aqui) meio cruel né, sem comentários.

E o que falar destas mulheres de fé que se vem a frente de tantas decisões difíceis como questões ética, religiosas ou ainda o que fazer com embrião, não basta ter que lidar todos os dias com infertilidade, com preconceito, com as perguntas sobre quando você terá filhos e coisas do tipo, você ainda tem que lidar com as tentativas que muitas vezes frustradas. Não é difícil ler comentários de tentantes desesperadas bravas com Deus e muitas que nem veem mais sentido na vida, por isso se você se sente assim procure ajuda psicológica ou mesmo se ampare em Deus, mas não desista de você e de seus sonhos.

E para todas que estão nesta vida de tomar decisões e fazer escolhas que Deus guie nossos passos e nos dê força nesta caminhada rumo a nosso sonho de ter um coraçãozinho batendo forte dentro de nós. E que essa vontade de se doar a uma nova vida nos mova pra frente, porque eu espero no Senhor e acredito no meu positivo. Confiem Nele, que tudo pode, que é capaz de fazer milagres, que tem o sopro da vida e que nos faz acordar todos dias e seguir em frente mesmo em meio a tantos obstáculos. Porém faça a parte de vocês, cuide - se, pesquise os tratamentos e fique informada de toda as possibilidades para que não haja arrependimentos futuros.


E como diz a música da Eliana Ribeiro “Espera no senhor, mesmo quando a vida pedir de ti mais do que podes dar e o cansaço já fizer teu passo vacilar, mesmo se o coração angustiado está. Há um Deus que te ama e ele tudo pode transformar. Seu amor te sustentará, espera n'Ele e Ele tudo fará, tudo fará.....

terça-feira, 10 de maio de 2016

Ovodoação ou adoção. Eis a questão.



Depois de uma conversa com o médico de fertilização ele me falou sobre a ovodoação no Brasil que pode ser compartilhada então eu posso receber o óvulo de uma mulher que eu não conheço e neste caso eu pago pelo tratamento dela e pelo meu e ela arca com a medicação dela então ficamos com a metade dos óvulos dela para cada uma. Falando sobre a genética dos óvulos no site guia do bebe tem um texto sobre a epigética e as receptora de óvulos;

-"Do ponto de vista genético, é interessante que todas as pessoas saibam que 99,9% dos nossos genes são idênticos. Isto significa que as diferenças que vemos ao nascimento entre uma criança e outra não dependem só de ela ter genes específicos herdados da mãe ou do pai; mas da influência importante dos efeitos do ambiente que determinam como será expresso o código genético. Em outras palavras, o DNA (ácido desoxirribonucleico) não é o único responsável pelas características do ser humano e, independente da origem do óvulo, são fundamentais para formação e desenvolvimento do novo ser, os efeitos do ambiente como o útero, a irrigação sanguínea, a nutrição e até mesmo o modo como a futura mãe pensa. Tudo isso pode afetar a expressão dos genes do embrião." (leia aqui)

Ou seja o ventre da mulher não é apenas uma incubadora, a receptora determina sim mesmo a nível genético, como será seu filho de forma que a criança que nascerá será física e emocionalmente diferente do que a que doou o óvulo. Também sobre essa a decisão entre a doação e ovodoação no site da Silvana Moreira há uma matéria sobre a Dr Alessandra sobre a opção de ovodoação;

"Dentre elas, os tratamentos de reprodução assistida ou a adoção tradicional. Quando se trata da primeira opção, a maioria dos casais ainda espera sair do processo com um filho biológico. No entanto, esse desejo nem sempre é possível, sobretudo, quando as mulheres são diagnosticadas com falência ovariana ou menopausa precoce. Nessas condições, por que não optar por uma adoção diferente? A ovodoação". (leia aqui)

Mas no primeiro momento resolvi pelo caminho da adoção não achei a principio que precisasse de engravidar para ser mãe afinal meu "namorido" já era pai de dois e eu sempre pensei em adotar conversamos sobre adoção e depois que nosso relacionamento ficou sério mesmo entramos na fila de adoção isso foi em 2013, direito de adotar saiu mesmo em 2014 e estamos na fila de adoção em uma espera interminável desde então, nosso perfil é de 0 a 5 anos não achei que fosse demorar porém depende muito da região em que você mora porque embora o sistema de adoção seja a nível nacional não é em assim que funciona, se você está inserido em uma cidade pequena com poucas crianças nos abrigos você ficará na fila por mais tempo que pessoas que moram me cidades maiores até chegar a sua vez na fila no cadastro nacional ou seja como em todas as comarcas existem pretendentes a adoção com perfil igual ao meu vai demorar é isso que assistente social diz.

Eu gostaria de investir em uma criança adotada e não ter que passar por todas as etapas de um tratamento de fertilização com óvulos doados, porém não quero adotar um adolescente para a fila andar mais rápido e diferente de muitas pessoas que adotam e já tem filhos eu quero adotar por que não posso ter filhos e quero ser mãe, porém a dor da espera é cruel ela te visita todos os dias e você não sabe por quanto tempo terá que esperar se serão mais três, cinco ou mais anos. 

Então estou na fila, mas agora pela ovodoação como receptora o médico disse que são mais ou menos três meses até conseguir uma doadora, pessoa essa com generosidade o bastante para doar uma parte dela para eu que realize o meu sonho de ser mãe. E a busca continua. 























segunda-feira, 9 de maio de 2016

A descoberta da infertilidade

Todas nós mulheres sabemos o quanto é doloroso ser infértil, essa palavra por si só já nos assusta desde cedo quando pensamos nesta possibilidade. Eu descobri por acaso embora minha mãe também tenha entrado na menopausa precoce aos 27 anos mesma idade que eu.
Bom eu me casei jovem com 23 anos me separei aos 26 e com 28 ja estava em outro relacionamento e descobri que meu namorado tinha feito vasectomia então quis procurar um médico de tratamento de infertilidade para saber como faríamos para ter filhos. Ele pediu alguns exames para mim e para ele, eu deveria colher meus exames de sangue depois do segundo dia de menstruação e passaram-se dois meses e nada de  menstruar, bem minhas menstruações não eram regulares e eu atribuía isso ao estresse, ligue na clinica e o médico dispensou o segunda dia da menstruação e quando peguei os resultados e vi o resultado de FSH em 49 quando o normal é abaixo de 10 entrei em desespero porque já tinha lido que era um indício de FOP (Falência Ovariana Precoce) ou menopausa precoce como muitos conhecem o fato é que eu já não produzia mais óvulos e não poderia ser mãe como eu sempre sonhava.
A primeira coisa que pensei foi "porque comigo" eu conheci muitas amigas que não queriam ser mães, então porque justo comigo que sempre sonhei em ser mãe. Pois bem todos nós que descobrimos infertilidade ainda jovens sempre passamos por essa fase da lamentação, é normal faz parte. Mas aos poucos eu fui descobrindo que existem varias formas de ser mãe e que eu deveria descobrir qual a forma que tornaria enfim mãe. Essa é uma busca incansável da qual eu penso todos os dias e ainda não sou mãe mesmo depois 5 anos do meu diagnóstico.
O médico de cara me deu opção de ovodoação, porém eu preferi a adoção, mas esse é assunto pra outro post.