Dei passadinha aqui para responder umas das
perguntas que mais me fazem nas redes sociais.
Você vai contar para o seu filho que ele foi
gerado a partir de um óvulo de outra mulher?
Sim vou contar, até porque minha família e amigos
sabem eu conto até hoje para quem me pergunta; como eu tive filho se eu já
tinha entrado na menopausa já que já estou neste estado a 9 anos.
E para mim essa questão é simples eu estou segura
da minha decisão e quero que para ele também seja assim que ele se sinta seguro
e que seja simples porque eu acredito nisto se para mim essa questão estivesse
mal resolvida se eu me sentisse insegura ao dizer eu com certeza passaria isso
pra ele então o conselho que eu dou pra quem se sente desconfortável com isso
é; faça essa pergunta pra você mesma? Eu vou contar para o meu filho que ele
foi gerado com o óvulo de outra mulher? E se você se sentir insegura com sua
resposta procure ajuda de uma psicóloga converse sobre isso e tente resolver
isso aí dentro de você, só assim você saberá o que fazer na hora certa.
Vou dizer para meu filho que eu tinha um sonho
que era um sonho muito lindo e bem grande, mas que por uma questão de saúde eu
não poderia realizar esse sonho, mas eu vi que a medicina, os óvulos de uma mulher bem generosa somadas a vontade de Deus
me possibilitaria realizar esse sonho, depois disso mamãe e papai investiu e se
dedicou por três anos para que esse sonho se realizasse e você chegasse
até nós. Muito resumidamente será assim que ele saberá quando for possível que
ele entenda antes de chegar à fase da adolescência né rsrsr
Falando um pouco sobre herança
hoje eu li um texto que resume um pouco do que tenho vivido na maternidade
nesta fase intensa dos dois anos. E quando a gente fala de ovorecepção a gente
sempre pensa nos nossos traços genéticos que nossos filhos não herdaram de nós
e depois de viver essa experiência a gente vê que isso de fato não é o mais
importante, meu filho herdou uma mãe apaixonada, dedicada e amorosa que quer
escutar o que ele tem pra dizer que quer estar ao lado dele e ser o conforto e
acalento neste vasto mundo complexo assim como tantas outras mães que lutaram
de alguma forma para se tornarem mães e viver essa experiência tão enriquecedora,
eu só vivo isso porque meu filho existe e isso só foi possível porque esse era
um desejo do fundo da minha alma é isso que quero contar pra ele e também
agradecer; - Obrigado meu filho por ter lutado junto comigo desde o primeiro
dia D1 até hoje fazendo parte deste amor imenso amor essa é a nossa história
que é diferente das história mais comuns, mas que é só nossa e só nós sabemos
como foi chegar até aqui.
HERANÇA
O que você herdou dos seus filhos?
Eu herdei paciência
Capacidade de suportar desorganização e caos
Frieza pra lidar em situações críticas, como fraturas e cortes com sangue jorrando
Capacidade de suportar desorganização e caos
Frieza pra lidar em situações críticas, como fraturas e cortes com sangue jorrando
Herdei “desnojo” para limpar vômito e
caca, e comer biscoito babado
Herdei medo de morrer
Medo de trânsito
Medo da noite
E o único medo de perder verdadeiro
Mas herdei coragem também
Muita
Herdei medo de morrer
Medo de trânsito
Medo da noite
E o único medo de perder verdadeiro
Mas herdei coragem também
Muita
De um, herdei a necessidade de
desacelerar
De outro, herdei atenção difusa
E de outro, sagacidade para responder questões difíceis
De outro, herdei atenção difusa
E de outro, sagacidade para responder questões difíceis
Eu herdei vontade de montar árvores
de natal, de aprender a fazer bolo de festa e assistir desenho animado
Herdei a capacidade de fazer remédio a partir de beijo, desespero e lágrimas
Herdei a capacidade de fazer remédio a partir de beijo, desespero e lágrimas
Eu herdei rugas, varizes, olheiras e
estrias
E as gargalhadas mais incríveis
Herdei emoções colhidas nas coisas mais bobas
E as gargalhadas mais incríveis
Herdei emoções colhidas nas coisas mais bobas
Herdei força sobre-humana
Herdei sentidos mais apurados
Herdei um grito que se acha poderoso o suficiente para parar um trem
Herdei uma capacidade ilimitada de sentir culpa
E o cacoete irremediável de sempre olhar quando alguém grita “mãe”
Herdei sentidos mais apurados
Herdei um grito que se acha poderoso o suficiente para parar um trem
Herdei uma capacidade ilimitada de sentir culpa
E o cacoete irremediável de sempre olhar quando alguém grita “mãe”
Texto atribuído a Rita
Almeida