terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Herança



Dei passadinha aqui para responder umas das perguntas que mais me fazem nas redes sociais.

Você vai contar para o seu filho que ele foi gerado a partir de um óvulo de outra mulher?

Sim vou contar, até porque minha família e amigos sabem eu conto até hoje para quem me pergunta; como eu tive filho se eu já tinha entrado na menopausa já que já estou neste estado a 9 anos.

E para mim essa questão é simples eu estou segura da minha decisão e quero que para ele também seja assim que ele se sinta seguro e que seja simples porque eu acredito nisto se para mim essa questão estivesse mal resolvida se eu me sentisse insegura ao dizer eu com certeza passaria isso pra ele então o conselho que eu dou pra quem se sente desconfortável com isso é; faça essa pergunta pra você mesma? Eu vou contar para o meu filho que ele foi gerado com o óvulo de outra mulher? E se você se sentir insegura com sua resposta procure ajuda de uma psicóloga converse sobre isso e tente resolver isso aí dentro de você, só assim você saberá o que fazer na hora certa.

Vou dizer para meu filho que eu tinha um sonho que era um sonho muito lindo e bem grande, mas que por uma questão de saúde eu não poderia realizar esse sonho, mas eu vi que a medicina, os óvulos de uma mulher bem generosa somadas a vontade de Deus me possibilitaria realizar esse sonho, depois disso mamãe e papai investiu e se dedicou por três anos para que esse sonho se realizasse e você chegasse até nós. Muito resumidamente será assim que ele saberá quando for possível que ele entenda antes de chegar à fase da adolescência né rsrsr

Falando um pouco sobre herança hoje eu li um texto que resume um pouco do que tenho vivido na maternidade nesta fase intensa dos dois anos. E quando a gente fala de ovorecepção a gente sempre pensa nos nossos traços genéticos que nossos filhos não herdaram de nós e depois de viver essa experiência a gente vê que isso de fato não é o mais importante, meu filho herdou uma mãe apaixonada, dedicada e amorosa que quer escutar o que ele tem pra dizer que quer estar ao lado dele e ser o conforto e acalento neste vasto mundo complexo assim como tantas outras mães que lutaram de alguma forma para se tornarem mães e viver essa experiência tão enriquecedora, eu só vivo isso porque meu filho existe e isso só foi possível porque esse era um desejo do fundo da minha alma é isso que quero contar pra ele e também agradecer; - Obrigado meu filho por ter lutado junto comigo desde o primeiro dia D1 até hoje fazendo parte deste amor imenso amor essa é a nossa história que é diferente das história mais comuns, mas que é só nossa e só nós sabemos como foi chegar até aqui.

HERANÇA

O que você herdou dos seus filhos?

Eu herdei paciência
Capacidade de suportar desorganização e caos
Frieza pra lidar em situações críticas, como fraturas e cortes com sangue jorrando

Herdei “desnojo” para limpar vômito e caca, e comer biscoito babado
Herdei medo de morrer
Medo de trânsito
Medo da noite
E o único medo de perder verdadeiro
Mas herdei coragem também
Muita

De um, herdei a necessidade de desacelerar
De outro, herdei atenção difusa
E de outro, sagacidade para responder questões difíceis

Eu herdei vontade de montar árvores de natal, de aprender a fazer bolo de festa e assistir desenho animado
Herdei a capacidade de fazer remédio a partir de beijo, desespero e lágrimas

Eu herdei rugas, varizes, olheiras e estrias
E as gargalhadas mais incríveis
Herdei emoções colhidas nas coisas mais bobas

Herdei força sobre-humana
Herdei sentidos mais apurados
Herdei um grito que se acha poderoso o suficiente para parar um trem
Herdei uma capacidade ilimitada de sentir culpa
E o cacoete irremediável de sempre olhar quando alguém grita “mãe”

Texto atribuído a Rita Almeida


 

quinta-feira, 22 de março de 2018

O sonho mais lindo. Sonhei e Realizei

Hoje faz uma ano desde a minha ultima postagem e tenho recebido mensagens no mansager das meninas que me acham no facebook pedindo pra que eu volte a escrever pra contar como é a minha experiência agora com o Gael, tive muitos respostas muito positivas de mulheres que leram meu blog e resolveram dar uma chance pra ovorecepção e como fico feliz em saber que de forma despretensiosa que foi a ideia de fazer o blog tenho ajudado outras mulheres que passam pelo mesmo que passei e que muitas vezes não tem com quer conversasr ou saber de outras experiências eu também já estive do outro lado da tela procurando tudo que é tipo de informação sobre ser receptora e sei que se fala muito das doadoras, mas as receptoras de óvulos preferem não falar muito e foi por isso que fiz o blog até por que pra mim foi ficando cada vez mais fácil falar disto, bom vou escrever mais sobre recepção de óvulos, mas hoje vou falar da minha gestação e da chegada do Gael na minha vida.
Acabei demorando um pouco mais para escrever também por que estava ocupada em viver dias lindos com meu menininho. Minha gestação foi ótima e iluminada eu me senti linda e plena meu corpo funcionou muito bem com os hormônios femininos lá em cima já acostumada a viver sem muitos desses hormônios preciosos, o mais chatinho foram sem dúvida as aplicações de anticoagulante diariamente até 40 dias após o nascimento do Gael, meu parto foi agendado eu até senti nas últimas semanas que meu corpo se preparava para a chegada dele e adoraria ter tido um parto normal, porém com trombofilia eu e minha medica decidimos por um parto mais seguro devido ao risco de hemorragia.
A gravidez de quem passa pelo trauma da infertilidade é marcada por angustia, medo de perder e muita ansiedade esperar os 10 dias pós TEC para fazer o beta e o primeiro trimestre inteiro realmente foi angustiante eu queria fazer ultrassom toda semana pra saber se estava tudo bem e até comprei um equipamento pra monitorar os batimentos do coração do bebe e isso me ajudou muito, pois quando ficava insegura eu escutava o coração dele e ficava mais calma depois do primeiro trimestre a ansiedade foi diminuído vi que ele estava crescendo e se desenvolvendo bem e me coração se acalmou.
Com maios ou menos 37 semanas minha placenta envelheceu para grau 3 e o líquido ficou no limite mínimo e apesar de estar me sentido bem-disposta sem inchaços minha medica me deixou de repouso até o dia do parto fiquei preocupada queria antecipar o parto, mas ela me tranquilizou e me convenceu a esperar mais uma semana para a data que estava marcada o parto, muito medo de perder na reta final já que pode acontecer com quem tem trombofilia.
O Gael nasceu no dia 18 de agosto de 2017 com 38 semanas foi o dia mais lindo e mais esperado da minha vida meu parto foi uma cesárea no meio da tarde, tudo ocorreu bem apesar de ser minha primeira cirurgia eu estava preparada para aquele momento me sentido segura em um ótimo hospital com meu marido do meu lado me dando todo o apoio necessário. Quando ele nasceu ele ficou cerca de dois minutos comigo e o levaram pra fazer os primeiros procedimentos gostaria de ter ficado um pouco mais porém em uma hora já estava no quarto amamentado meu bebe que fez a pega correta na mama e não tive problemas com a amamentação, os três primeiros meses foram marcados pelas cólicas que passaram graças a Deus, agora ele já começou a introdução alimentar eu já voltei a trabalhar ele se adaptou bem com babá.

Eu sou suspeita para falar do meu filho assim como muitas mães, ele é perfeito Deus caprichou e o trabalho dos embriologistas foi incrível kkkk, não deu muito trabalho pra mamar ou pra dormir começou a introdução alimentar e já come de tudo se adaptou super bem com a babá e a minha decisão de voltar ao trabalho, enfim eu o amo tanto que é indescritível ele é risonho e muito feliz está na fase de tentar engatinhar.  Sempre me perguntam qual o significado de Gael, mas não encontro algum que faça sentido pra mim é sinônimo de felicidade de sonho realizado, valeu todo meu empenho todo o sofrimento e os dias de tristeza ficaram para trás em um endereço remoto do meu passado.

quarta-feira, 22 de março de 2017

Ser mãe ovorecepção

Enfim chegou o dia deste post, com título que leva o nome do blog, quando fiz o blog nem pensei muito no título e agora ele faz todo sentido EU SOU MÃE estou grávida de 16 semanas a doce espera do Gael mais feliz do que nunca vivendo a melhor fase da minha vida.
Mas vamos voltar lá em dezembro, tirei férias e já estava programada desde o começo do ano fazer um cruzeiro depois veio a FIV e já estava pagando o cruzeiro não quis cancelar tudo e assim ficou em novembro depois de fazer o segundo exame ERA falei com meu médico que queria transferi em dezembro e ele concordou, fiz o cruzeiro que foi como uma despedida de fazer sexo e tomar umas que são coisas que grávidas não podem fazer pelo menos o sexo ficou proibido até 14 semanas aff. Fiz a transferência dos meus de dois embriões blastos lindos depois de seis dias de uso de progesterona e anticoagulante (injeção diária de clexane 40 mg devido a trombofilia) além da primogyna que já estava tomando desde o início do clico.
No dia 16 dezembro foi tudo tranquilo fui a São Paulo na Originare que é onde acontece a transferência e voltei para casa, no primeiro dia não senti nada de muito diferente só a cólica leve pós transferência, mas a partir do terceiro dia senti o fluxo de sangue diferente no meu corpo é esquisito de explicar, no quinto dia sentia uma pulsação no meu útero do lado esquerdo parecia uma coração batendo rsrsr, no sétimo veio uma dor nas pernas muito intensa ainda bem que estava de repouso com café da manhã na cama e marido super atencioso a minha disposição.
No oitavo dia resolvi fazer o teste de farmácia era véspera de Natal e meu marido disse que eu ficaria triste se desse negativo, mas resolvi confiar no menino Jesus e fiz o teste assim que acordei nem pude acreditar quando vi a segunda listra aparecendo fui conferir até na bula do teste pra ver se estava certo mesmo, voltei pra cama e contei pro meu marido ficamos muito felizes e um silêncio tomou conta do quarto quase não acreditamos no que estava acontecendo, a ceia de Natal foi na minha casa contei pra minha mãe e minhas irmãs e todos ficaram felizes quando foi depois da ceia fui no banheiro e olha lá a machinha marrom como foi fraquinha tive certeza que era nidação, não me apavorei tinha sido um dia corrido fui me deitar mesmo com a casa cheia.
Fiz outro teste de farmácia no domingo segunda listra estava ainda mais forte e na segunda fui fazer o Beta, ansiedade a mil pra sair o resultado e lá estava ele super alto quase 800 o doutor Georges já em ligou todo feliz e disse da possibilidade de ser gêmeos, repeti o beta dois dias depois em mesmo em laboratórios diferente 1600 dobrou o que eram esperado se tudo estivesse correndo bem eu não me aguentei e fiz outro beta por conta dois dias depois e valor saltou para mais de 3500 minha nossa Senhora era muita alegria.
Fiz o ultra com 5 semanas e lá estavam dois sacos gestacionais, porém um eu pude ouvir o coração e foi a maior emoção, porém outro não estava visível no ultra e com 7 semanas se confirmou que na verdade um saco gestacional não se desenvolveu e se tratava de uma gravidez anembrionária quando não há embrião. Porém o outro estava se desenvolvendo normalmente e com 8 semanas fiz o exame de sexagem fetal pra saber o sexo que era um menininho.

Até as 12 primeiras semanas foram marcadas por uma sensação de felicidade, porém de muita insegurança já que no primeiro trimestre as chances de aborto são maiores e eu ainda tive um leve descolamento de placenta o que me preocupou bastante, mas graças a Deus correu tudo bem comigo e com o Gael. Gravidez correndo bem e pensamentos voltados para hora de conhecer meu tão amado e esperado filho e já correndo atrás de decoração e roupinhas e tudo mais que envolve a chegada de um bebê 

terça-feira, 1 de novembro de 2016

ERA uma vez...

Logo após um resultado negativo na FIV começam as investigações através de exames laboratoriais para verificar na medida do possível o que pode ter influenciado no resultado, a lista de exames é enorme e a correria também principalmente para conseguir realizar todos através do plano de saúde, consegui fazer todos em mais ou menos um mês e descobri resultados não muito satisfatórios nos exames de CARDIOLIPINA IgM, ANTICORPOS ANTI, o resultado ficou em 26.0 MPL U/mL , resultado intermediário que indica alteração,  sendo que os valores de referência são: Negativo.....: Inferior a 10.0 MPL U/mL; Intermediario: 10.0 a 40.0 MPL U/mL;   Positivo.....: Superior a 40.0 MPL U/mL

Outro exame com alteração foi MUTACAO A1298C NO GENE DA MTHFR, Resultado: Heterozigoto.
Ou seja: POSSUI A MUTACAO EM UM DOS CROMOSSOMOS. RISCO BRANDO PARA A OCORRENCIA DE DOENCAS VASCULARES.
Agora segue a explicação que está descrito no exame do laboratório VOZZA: 
"A variante termolbil da metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR) ‚ responsável pela deficiente conversão de homocisteína em cistationina, causando a hiper-homocisteinemia. fator de risco isolado para doenças vasculares, incluindo a doença arterial coronariana, o tromboembolismo venoso e arterial e o acidente cerebral vascular. O genótipo homozigoto mutante acidente cerebral vascular. O genótipo homozigoto mutante C677TT), encontrado em 4 a 14% da população em geral, está associado ao aumento de 25% da concentração plasmática de homocisteína e pode gerar defeitos neurológicos, retardo psicomotor, doença vascular prematura e tromboembolismo. A mutação A1298C, em homozigose, responsável pela redução da atividade A1298C, em homozigose, responsável pela redução da atividade da MTHFR, aumentando os níveis de homocisteína. Efeitos similares aos observados para os homozigotos 677TT, ocorrem na combinação de grande relevância clínica para os eventos vasculares, visto que a frequência de A1298C e C677T varia de 40 a 50%, conforme as referências bibliográficas."

Meu médico disse que resumindo em outras palavras que a soma destes dois resultados das alterações chama-se trombofilia é uma doença no sangue atrapalha muito a fixação do embrião no endométrio e que também é responsável por causar abortos repetidos em mulheres que tenham esse problema por isso é necessário tomar uma medicação que é um anticoagulante para o sangue na transferência do embrião e também durante a gestação caso ocorra.


Ainda fiz outro exame que se chama ERA é um diagnostico da receptividade endometrial, é um pouco mais complexo pois é necessário se preparar como se fosse fazer a FIV, depois de menstruar incia o ciclo e no segundo dia da menstruação e começa a preparação do endométrio com estrogênio que pode variar os dias conforme protocolo do medico no meu caso foram 15 dias de prymogina (estrogênio) sendo que 5 destes com uso tb de progesterona, no quinta dia do uso da progesterona é coletada uma biopsia do endométrio, mais ou menos como se faz um papanicolau e enviado ao laboratório ENGENOMIX o exame é caro custa mais ou menos uns 2.5 mil reais e o resultado sai por volta de uns 15 dias úteis. O meu resultado deu Pré receptivo, ou seja eu tenho janela de implantação do endométrio deslocada e preciso de um dia a mais de progesterona para tornar possível a implantação do embrião no meu endométrio.

Depois de toda essa maratona por nomes de hormonios e exames que nunca tinha escutado falar foi possível descobrir um pouco do que pode ter causado a falha de implantação resultando no meu resultado negativo na minha primeira FIV/TEC e agora para a segunda tentativa estarei mais preparada e mais próxima do meu sonho de ser mãe. 

sábado, 15 de outubro de 2016

A vida continua ...

Desde o último posto muita água rolou por baixo da ponte. No final de julho ocorreu a punção do meu marido (que tinha feito a vasectomia) e da minha doadora, eu fiquei com 8 ótimos óvulos (obrigada minha doadora anônima) que foram fertilizados com os espermatozoides do meu marido no laboratório Orinare em São Paulo que resultaram em 7 embriões ou seja no primeiro momento um deles parou de desenvolver. Com meus embriões sendo analisados e classificados segundo sua morfologia e taxas de divisão no laboratório em paralelo eu estava preparando meu endométrio e útero com dosagem de hormonios Progesterona (ultragestam) e Estrogênio (Prymogina)  e eu meu marido fizemos exames de Zica que é obrigatório para a TEC (Transferência de embriões criopreservados). 

Todos os dias a embriologista laboratório me ligava para dizer como estava o desenvolvimento dos embriões. Existe uma classificação dos embriões de acordo com a avaliação dos aspectos morfológicos, ou seja, avaliação do aspecto visual ao microscópio e também a velocidade de clivagem (multiplicação das células) são algumas características que se relacionam com a qualidade do embrião. Neste blog tem certinho como se classificam os embriões (Ler aqui). Dos meus 7 embriões, 2 pararam de se desenvolver e eu fique com 5 embriões de ótima qualidade todos blastócitos, sendo dois 4AA e outros entre 3BA e 4BA.

No início de agosto eu fiz a transferência de embriões, fiquei em dúvida entre colocar 1 embrião ou dois e o doutro Georges me explicou que colocando dois eu teria 70% (+ou-) de chances enquanto que colocando um seria em torno de 40%, daí vem a preocupação da gestação gemelar que neste caso se tem 20% de chance acontecer e eu resolvi colocar dois que foram transferidos para o meu endométrio sendo os dois melhores embriões 4AA.
A TEC é super tranquila bem parecido com a coleta do Papanicolau dentro da sala tem uma TV e você acompanha o médico fazer a transferência, meu marido ficou comigo do meu lado e acompanhou tudo de perto. Pedi dois dias no trabalho e fiquei de repouso 5 dias contanto minhas folgas e depois voltei a trabalhar normalmente, não senti nada diferente nenhum sintoma.

Foram 10 dias para fazer o primeiro beta não contive a ansiedade e fiz um teste de farmácia no sétimo dia pós TEC que deu negativo e que se confirmou no decimo com o exame de sangue que mede o famoso Beta HCG livre na corrente sanguínea quando se está gravida. Dor indescritível como pode doer tanto se nem ao menos fiquei grávida, por mais que estejamos preparadas para um resultado negativo é muito frustrante, mas a vida continua e nada como um dia após o outro pra gente aprender e se possível correr atrás do que pode ser mudado para os próximos 3 embriões que foram congelados e que estão lá me esperando para as próximas tentativas.

quinta-feira, 30 de junho de 2016

As várias fases das tentantes

Essa semana entrei em grupo no watts de tentantes, esse é o nome dado na internet aquelas mulheres que estão nas tentativas de tratamentos para engravidar, eu vi quanto essa fase é difícil tanto psicologicamente quanto financeiramente. Eu já tive várias fases desde o diagnóstico de Falência Ovariana Precoce, a primeira delas que foi a que mais chorei e lamentei, aquela que em que não queria mais entrar no facebook pra não ver que todas as mulheres do mundo estavam postando fotos de crianças ou estavam gravidas ou coisas do tipo e não que isso foi inveja ou coisa do tipo porque não é por elas é por mim  é sobre a minha tristeza. Teve a fase que até ficar perto de crianças me deixava um pouco triste, sedo que sempre fui apaixonada por crianças simplesmente porque me lembrava o que não poderia viver e também o que eu tentava o tempo todo esquecer.

Só quem passa por isso sabe o que eu estou tentando dizer, mas foram fases e todas elas passaram e em sinto mais segura diante das minhas decisões, eu tive a fase até que não me via mais grávida, coloquei na cabeça que isso não era pra mim. E essa fase também passou e foi superada tanto que agora estou no caminho de tentar ficar grávida através da ovodoação. E mesmo que essa fase não dê certo, sim eu tenho que contar com essa possibilidade até porque não temos garantia nenhuma que teremos dois tracinhos no teste de farmácia, então temos que nos preparar para melhor ou pior resultado do mundo.

E se tudo isso não fosse o bastante ainda temos que lidar com a insistente pergunta: -quando vem os filhos? E sempre respondia não posso ter filhos estou na menopausa precoce e ponto final, se vejo que é uma pessoa que merece uma resposta melhor falo que estou na fila de adoção, ou agora respondo que estou em tratamento pra FIV por causa deste problema, a sociedade cobra demais dos casais sobre ter filhos sem se importar com fato de que não são todos que podem ter filhos a infertilidade de casais é um problema comum hoje em dia. O que eu sempre falo para a minha família e os mais próximos a mim é que não tenham pena de mim, pois não preciso disso e faço o que está ao meu alcance para ser mãe e não porque me cobram, mas por que é o meu sonho e esse sentimento de pena só me deixa triste porque percebo que muitas vezes é isso que pensam e sentem.

São muitas fases e temos medo e ficamos aflitas, ansiosas e cheias de dilemas, mas o que nós tentantes temos em comum é a força que as vezes não sei nem da onde vem e continuamos na luta e se temos medo vai com medo mesmo, essa vida de tentante não é fácil, mas seguimos adiante cheias de esperança e expectativa e que Deus nos ajude a alcançar nossos sonhos.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Ovorecepção é meu caminho

Eu já expliquei aqui como funciona a ovodoação compartilhada, que é quando a mulher por algum motivo não tem ou tem baixa reserva ovariana que pode ser precoce como no meu caso ou pode ser porque a mulher resolveu ter filhos depois dos 40 anos e pode encontrar dificuldades de engravidar naturalmente, sendo assim essa mulher é indicada a uma FIV através da ovodoação compartilhada. A doadora de óvulos é aquela mulher que também está passando pelo mesmo processo de FIV por outro motivo que geralmente é problemas com as trompas ou infertilidade masculina deste mode a ovocereptora paga o tratamento da ovodoadora que depois de passar por estimulo hormonal tem seus óvulos coletados e os divide com a receptora.

Eu estou em tratamento na Clínica Vivitá em Campinas essa questão da clinica é muito particular eu já conhecia o dr Georges Fassolas e confio a ele meu maior sonho, bom fiz minha primeira consulta em 03 de maio, eles me passaram o orçamento do tratamento que ficou em torno de 21 mil mais a 2,5 mil reais no caso de congelamento de embriões. Fizemos os exames solicitados e ficamos aguardando a doadora de óvulos e em 08 de junho eles me enviaram um e-mail dizendo que tinham uma doara que se encaixava no nosso perfil, ela tinha olhos e cabelos castanhos, 25 anos, 1,62 de altura e tipo sanguíneo A-. A primeira coisa que preocupou foi o tipo sanguíneo já que eu meu marido temos sangue A+, mas meu médico disse que era compatível e depois foi a questão da cor dos olhos, os meus olhos são verde e gostaria de ter uma doadora com olhos claros porém a espera seria enorme se fosse esperar uma doadora com todas as características minhas, já altura por coincidência é a mesma. O próximo passo foi ir até a clinica para ver a foto da doadora, ela tinha na verdade as mesmas características do meu marido, o bom é que vai ser bem parecido com ele e ponto final.

Começamos a fase de tomar as vitaminas tanto eu como meu marido, a punção do meu marido já que ele é vasectomizado foi marcada para final de julho e a transferência para dia 01 de agosto isso se tudo ocorrer nas datas pré agendadas pelo médico, o que deve ocorrer é que depois do primeiro dia  de menstruação começa o ciclo e a preparação do endométrio meu e também da doara com uso de remédio Prymogina. Bom o dia da minha gravidez já foi marcado e embora tudo tenha ocorrido super depressa parece que são tão longos eu estou bem ansiosa.

Sobre contar as pessoas vi o relato de várias tentantes sobre não falar a quase ninguém só pra pai e mãe e irmãos as vezes nem isso, bom eu falo abertamente quando me perguntam até porque sempre falei pra qualquer um que me pergunte - nossa e os filhos quando vem? eu já respondo na lata - não posso ter filhos entrei na menopausa precocemente, então eu conto pra todo mundo sobre engravidar com doação de óvulos e as vezes me divirto com as perguntas curiosas das pessoas e peço que orem por mim, sei que tem muita gente torce pra tudo dar certo e espero que toda essa torcida e orações me façam bem porque em breve com a graça de Deus quero anunciar meu POSITIVO.