terça-feira, 1 de novembro de 2016

ERA uma vez...

Logo após um resultado negativo na FIV começam as investigações através de exames laboratoriais para verificar na medida do possível o que pode ter influenciado no resultado, a lista de exames é enorme e a correria também principalmente para conseguir realizar todos através do plano de saúde, consegui fazer todos em mais ou menos um mês e descobri resultados não muito satisfatórios nos exames de CARDIOLIPINA IgM, ANTICORPOS ANTI, o resultado ficou em 26.0 MPL U/mL , resultado intermediário que indica alteração,  sendo que os valores de referência são: Negativo.....: Inferior a 10.0 MPL U/mL; Intermediario: 10.0 a 40.0 MPL U/mL;   Positivo.....: Superior a 40.0 MPL U/mL

Outro exame com alteração foi MUTACAO A1298C NO GENE DA MTHFR, Resultado: Heterozigoto.
Ou seja: POSSUI A MUTACAO EM UM DOS CROMOSSOMOS. RISCO BRANDO PARA A OCORRENCIA DE DOENCAS VASCULARES.
Agora segue a explicação que está descrito no exame do laboratório VOZZA: 
"A variante termolbil da metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR) ‚ responsável pela deficiente conversão de homocisteína em cistationina, causando a hiper-homocisteinemia. fator de risco isolado para doenças vasculares, incluindo a doença arterial coronariana, o tromboembolismo venoso e arterial e o acidente cerebral vascular. O genótipo homozigoto mutante acidente cerebral vascular. O genótipo homozigoto mutante C677TT), encontrado em 4 a 14% da população em geral, está associado ao aumento de 25% da concentração plasmática de homocisteína e pode gerar defeitos neurológicos, retardo psicomotor, doença vascular prematura e tromboembolismo. A mutação A1298C, em homozigose, responsável pela redução da atividade A1298C, em homozigose, responsável pela redução da atividade da MTHFR, aumentando os níveis de homocisteína. Efeitos similares aos observados para os homozigotos 677TT, ocorrem na combinação de grande relevância clínica para os eventos vasculares, visto que a frequência de A1298C e C677T varia de 40 a 50%, conforme as referências bibliográficas."

Meu médico disse que resumindo em outras palavras que a soma destes dois resultados das alterações chama-se trombofilia é uma doença no sangue atrapalha muito a fixação do embrião no endométrio e que também é responsável por causar abortos repetidos em mulheres que tenham esse problema por isso é necessário tomar uma medicação que é um anticoagulante para o sangue na transferência do embrião e também durante a gestação caso ocorra.


Ainda fiz outro exame que se chama ERA é um diagnostico da receptividade endometrial, é um pouco mais complexo pois é necessário se preparar como se fosse fazer a FIV, depois de menstruar incia o ciclo e no segundo dia da menstruação e começa a preparação do endométrio com estrogênio que pode variar os dias conforme protocolo do medico no meu caso foram 15 dias de prymogina (estrogênio) sendo que 5 destes com uso tb de progesterona, no quinta dia do uso da progesterona é coletada uma biopsia do endométrio, mais ou menos como se faz um papanicolau e enviado ao laboratório ENGENOMIX o exame é caro custa mais ou menos uns 2.5 mil reais e o resultado sai por volta de uns 15 dias úteis. O meu resultado deu Pré receptivo, ou seja eu tenho janela de implantação do endométrio deslocada e preciso de um dia a mais de progesterona para tornar possível a implantação do embrião no meu endométrio.

Depois de toda essa maratona por nomes de hormonios e exames que nunca tinha escutado falar foi possível descobrir um pouco do que pode ter causado a falha de implantação resultando no meu resultado negativo na minha primeira FIV/TEC e agora para a segunda tentativa estarei mais preparada e mais próxima do meu sonho de ser mãe. 

sábado, 15 de outubro de 2016

A vida continua ...

Desde o último posto muita água rolou por baixo da ponte. No final de julho ocorreu a punção do meu marido (que tinha feito a vasectomia) e da minha doadora, eu fiquei com 8 ótimos óvulos (obrigada minha doadora anônima) que foram fertilizados com os espermatozoides do meu marido no laboratório Orinare em São Paulo que resultaram em 7 embriões ou seja no primeiro momento um deles parou de desenvolver. Com meus embriões sendo analisados e classificados segundo sua morfologia e taxas de divisão no laboratório em paralelo eu estava preparando meu endométrio e útero com dosagem de hormonios Progesterona (ultragestam) e Estrogênio (Prymogina)  e eu meu marido fizemos exames de Zica que é obrigatório para a TEC (Transferência de embriões criopreservados). 

Todos os dias a embriologista laboratório me ligava para dizer como estava o desenvolvimento dos embriões. Existe uma classificação dos embriões de acordo com a avaliação dos aspectos morfológicos, ou seja, avaliação do aspecto visual ao microscópio e também a velocidade de clivagem (multiplicação das células) são algumas características que se relacionam com a qualidade do embrião. Neste blog tem certinho como se classificam os embriões (Ler aqui). Dos meus 7 embriões, 2 pararam de se desenvolver e eu fique com 5 embriões de ótima qualidade todos blastócitos, sendo dois 4AA e outros entre 3BA e 4BA.

No início de agosto eu fiz a transferência de embriões, fiquei em dúvida entre colocar 1 embrião ou dois e o doutro Georges me explicou que colocando dois eu teria 70% (+ou-) de chances enquanto que colocando um seria em torno de 40%, daí vem a preocupação da gestação gemelar que neste caso se tem 20% de chance acontecer e eu resolvi colocar dois que foram transferidos para o meu endométrio sendo os dois melhores embriões 4AA.
A TEC é super tranquila bem parecido com a coleta do Papanicolau dentro da sala tem uma TV e você acompanha o médico fazer a transferência, meu marido ficou comigo do meu lado e acompanhou tudo de perto. Pedi dois dias no trabalho e fiquei de repouso 5 dias contanto minhas folgas e depois voltei a trabalhar normalmente, não senti nada diferente nenhum sintoma.

Foram 10 dias para fazer o primeiro beta não contive a ansiedade e fiz um teste de farmácia no sétimo dia pós TEC que deu negativo e que se confirmou no decimo com o exame de sangue que mede o famoso Beta HCG livre na corrente sanguínea quando se está gravida. Dor indescritível como pode doer tanto se nem ao menos fiquei grávida, por mais que estejamos preparadas para um resultado negativo é muito frustrante, mas a vida continua e nada como um dia após o outro pra gente aprender e se possível correr atrás do que pode ser mudado para os próximos 3 embriões que foram congelados e que estão lá me esperando para as próximas tentativas.

quinta-feira, 30 de junho de 2016

As várias fases das tentantes

Essa semana entrei em grupo no watts de tentantes, esse é o nome dado na internet aquelas mulheres que estão nas tentativas de tratamentos para engravidar, eu vi quanto essa fase é difícil tanto psicologicamente quanto financeiramente. Eu já tive várias fases desde o diagnóstico de Falência Ovariana Precoce, a primeira delas que foi a que mais chorei e lamentei, aquela que em que não queria mais entrar no facebook pra não ver que todas as mulheres do mundo estavam postando fotos de crianças ou estavam gravidas ou coisas do tipo e não que isso foi inveja ou coisa do tipo porque não é por elas é por mim  é sobre a minha tristeza. Teve a fase que até ficar perto de crianças me deixava um pouco triste, sedo que sempre fui apaixonada por crianças simplesmente porque me lembrava o que não poderia viver e também o que eu tentava o tempo todo esquecer.

Só quem passa por isso sabe o que eu estou tentando dizer, mas foram fases e todas elas passaram e em sinto mais segura diante das minhas decisões, eu tive a fase até que não me via mais grávida, coloquei na cabeça que isso não era pra mim. E essa fase também passou e foi superada tanto que agora estou no caminho de tentar ficar grávida através da ovodoação. E mesmo que essa fase não dê certo, sim eu tenho que contar com essa possibilidade até porque não temos garantia nenhuma que teremos dois tracinhos no teste de farmácia, então temos que nos preparar para melhor ou pior resultado do mundo.

E se tudo isso não fosse o bastante ainda temos que lidar com a insistente pergunta: -quando vem os filhos? E sempre respondia não posso ter filhos estou na menopausa precoce e ponto final, se vejo que é uma pessoa que merece uma resposta melhor falo que estou na fila de adoção, ou agora respondo que estou em tratamento pra FIV por causa deste problema, a sociedade cobra demais dos casais sobre ter filhos sem se importar com fato de que não são todos que podem ter filhos a infertilidade de casais é um problema comum hoje em dia. O que eu sempre falo para a minha família e os mais próximos a mim é que não tenham pena de mim, pois não preciso disso e faço o que está ao meu alcance para ser mãe e não porque me cobram, mas por que é o meu sonho e esse sentimento de pena só me deixa triste porque percebo que muitas vezes é isso que pensam e sentem.

São muitas fases e temos medo e ficamos aflitas, ansiosas e cheias de dilemas, mas o que nós tentantes temos em comum é a força que as vezes não sei nem da onde vem e continuamos na luta e se temos medo vai com medo mesmo, essa vida de tentante não é fácil, mas seguimos adiante cheias de esperança e expectativa e que Deus nos ajude a alcançar nossos sonhos.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Ovorecepção é meu caminho

Eu já expliquei aqui como funciona a ovodoação compartilhada, que é quando a mulher por algum motivo não tem ou tem baixa reserva ovariana que pode ser precoce como no meu caso ou pode ser porque a mulher resolveu ter filhos depois dos 40 anos e pode encontrar dificuldades de engravidar naturalmente, sendo assim essa mulher é indicada a uma FIV através da ovodoação compartilhada. A doadora de óvulos é aquela mulher que também está passando pelo mesmo processo de FIV por outro motivo que geralmente é problemas com as trompas ou infertilidade masculina deste mode a ovocereptora paga o tratamento da ovodoadora que depois de passar por estimulo hormonal tem seus óvulos coletados e os divide com a receptora.

Eu estou em tratamento na Clínica Vivitá em Campinas essa questão da clinica é muito particular eu já conhecia o dr Georges Fassolas e confio a ele meu maior sonho, bom fiz minha primeira consulta em 03 de maio, eles me passaram o orçamento do tratamento que ficou em torno de 21 mil mais a 2,5 mil reais no caso de congelamento de embriões. Fizemos os exames solicitados e ficamos aguardando a doadora de óvulos e em 08 de junho eles me enviaram um e-mail dizendo que tinham uma doara que se encaixava no nosso perfil, ela tinha olhos e cabelos castanhos, 25 anos, 1,62 de altura e tipo sanguíneo A-. A primeira coisa que preocupou foi o tipo sanguíneo já que eu meu marido temos sangue A+, mas meu médico disse que era compatível e depois foi a questão da cor dos olhos, os meus olhos são verde e gostaria de ter uma doadora com olhos claros porém a espera seria enorme se fosse esperar uma doadora com todas as características minhas, já altura por coincidência é a mesma. O próximo passo foi ir até a clinica para ver a foto da doadora, ela tinha na verdade as mesmas características do meu marido, o bom é que vai ser bem parecido com ele e ponto final.

Começamos a fase de tomar as vitaminas tanto eu como meu marido, a punção do meu marido já que ele é vasectomizado foi marcada para final de julho e a transferência para dia 01 de agosto isso se tudo ocorrer nas datas pré agendadas pelo médico, o que deve ocorrer é que depois do primeiro dia  de menstruação começa o ciclo e a preparação do endométrio meu e também da doara com uso de remédio Prymogina. Bom o dia da minha gravidez já foi marcado e embora tudo tenha ocorrido super depressa parece que são tão longos eu estou bem ansiosa.

Sobre contar as pessoas vi o relato de várias tentantes sobre não falar a quase ninguém só pra pai e mãe e irmãos as vezes nem isso, bom eu falo abertamente quando me perguntam até porque sempre falei pra qualquer um que me pergunte - nossa e os filhos quando vem? eu já respondo na lata - não posso ter filhos entrei na menopausa precocemente, então eu conto pra todo mundo sobre engravidar com doação de óvulos e as vezes me divirto com as perguntas curiosas das pessoas e peço que orem por mim, sei que tem muita gente torce pra tudo dar certo e espero que toda essa torcida e orações me façam bem porque em breve com a graça de Deus quero anunciar meu POSITIVO. 


quinta-feira, 9 de junho de 2016

Sobre o direito de ser mãe e a cobertura por plano de saúde

Soube de algumas mulheres que estavam conseguindo na justiça o direito de ser mãe através de tratamentos de Fertilização In vitro e que estavam requerendo na justiça esse direito negado pelos plano de saúde e fui entender sobre o assunto. 

A questão principal é que existe uma lei federal que obriga a cobertura do planejamento familiar já que é considerada infertilidade tanto feminina como masculina doença pela CID (Classificação Internacional da doenças). 
Porém a ANS (Agencia Nacional de Saúde Suplementar) exclui o tema Inseminação artificial da cobertura dos plano de Saúde na Resolução Normativa Nº 211 de 11 de janeiro de 2010.

Por isso muitas mulheres buscam na Justiça a cobertura do plano de saúde para tratamentos de FIV e algumas conseguem pareceres favoráveis. Pois, a Lei 9.656 não obriga o plano a pagar o tratamento de infertilidade, mas diz que as operadoras devem cobrir todas as doenças listadas no Código Internacional de Doenças. Porém nem todas conseguem ganho de causa por que depende de como o juiz conduz o processo, se atende ao que está no Rol de procedimentos listados na ANS dá parecer favorável aos planos de saúde, mas se faz valer a lei das doenças listadas no CID quem ganha somos nós que temos direito ao planejamento familiar e o direto de sermos mães.

Se você pretende entrar na justiça para brigar por seu tratamento Fertilização in vitro ligue para seu plano de saúde, e solicite o tratamento e eles vão se negar sobre a justificativa de que não está no Rol da ANS, eu liguei e eles me solicitaram uma carta do médico explicando o motivo da necessidade do tratamento, eu envie por e-mail a carta do médico e eles me enviaram a negativa por e-mail dentro das 48 horas que são obrigados. Com a carta do médico listando a infertilidade da mulher, do homem ou do casal e a negativa do plano de saúde você pode procurar advogado especialista em saúde e entrar com seu processo. 
Um site que achei e que já tiveram ganhos causa foi este citado abaixo porém avaliem outros e vejam o que melhor para cada situação.

http://sinhoriniadvogados.com.br/

Negativa do plano de Saúde Bradesco Saúde e relatório médico

sábado, 14 de maio de 2016

A fé que nos guia

Na minha última consulta com o Doutor ele também me falou que tinha 70 % de chances de engravidar com a ovorecepção e eu disse a ele que o problema eram os 30% de não engravidar porque todas nós tememos o negativo no teste de gravidez, minha cunhada que me acompanhava me disse que ela era uma mulher de fé e que confiava no que Deus reserva pra mim e portanto acreditava que tudo daria certo. Bom eu sou muito é pé no chão então não acredito que os 70% são 100% por que se der errado o meu mundo não desaba é como lido com as coisas também não quer dizer que não tenho fé é que pode ser que eu não consiga de primeira e que consiga na segunda ou terceira tentativa sei lá.

O que é muito claro para mim é que independente de qualquer questão que vire mais um obstáculo eu tenho uma doença e no caso não tenho mais óvulos desde os 27 anos e quero ser mãe sendo assim tenho uma decisão a tomar e se a mesma for errada perante a igreja ou perante algumas pessoas o fato é que existe a nossa decisão minha e do seu marido e espero ser abençoada desta forma e que a fé nos guie e que a vontade de Deus prevaleça por que não cai uma folha de árvore sem que seja da vontade dEle.
Sendo eu católica apostólica romana a decisão se torna ainda mais difícil, porque segundo a igreja;
“As técnicas que provocam uma dissociação do parentesco, pela intervenção de uma pessoa estranha ao casal (doação de esperma ou de óvulo, empréstimo de útero), são gravemente desonestas. Estas técnicas (inseminação e fecundação artificiais heterólogas) lesam o direito da criança de nascer de um pai e uma mãe conhecidos dela e ligados entre si pelo casamento. Elas traem “o direito exclusivo de se tornar pai e mãe somente um através do outro” (leia aqui) meio cruel né, sem comentários.

E o que falar destas mulheres de fé que se vem a frente de tantas decisões difíceis como questões ética, religiosas ou ainda o que fazer com embrião, não basta ter que lidar todos os dias com infertilidade, com preconceito, com as perguntas sobre quando você terá filhos e coisas do tipo, você ainda tem que lidar com as tentativas que muitas vezes frustradas. Não é difícil ler comentários de tentantes desesperadas bravas com Deus e muitas que nem veem mais sentido na vida, por isso se você se sente assim procure ajuda psicológica ou mesmo se ampare em Deus, mas não desista de você e de seus sonhos.

E para todas que estão nesta vida de tomar decisões e fazer escolhas que Deus guie nossos passos e nos dê força nesta caminhada rumo a nosso sonho de ter um coraçãozinho batendo forte dentro de nós. E que essa vontade de se doar a uma nova vida nos mova pra frente, porque eu espero no Senhor e acredito no meu positivo. Confiem Nele, que tudo pode, que é capaz de fazer milagres, que tem o sopro da vida e que nos faz acordar todos dias e seguir em frente mesmo em meio a tantos obstáculos. Porém faça a parte de vocês, cuide - se, pesquise os tratamentos e fique informada de toda as possibilidades para que não haja arrependimentos futuros.


E como diz a música da Eliana Ribeiro “Espera no senhor, mesmo quando a vida pedir de ti mais do que podes dar e o cansaço já fizer teu passo vacilar, mesmo se o coração angustiado está. Há um Deus que te ama e ele tudo pode transformar. Seu amor te sustentará, espera n'Ele e Ele tudo fará, tudo fará.....

terça-feira, 10 de maio de 2016

Ovodoação ou adoção. Eis a questão.



Depois de uma conversa com o médico de fertilização ele me falou sobre a ovodoação no Brasil que pode ser compartilhada então eu posso receber o óvulo de uma mulher que eu não conheço e neste caso eu pago pelo tratamento dela e pelo meu e ela arca com a medicação dela então ficamos com a metade dos óvulos dela para cada uma. Falando sobre a genética dos óvulos no site guia do bebe tem um texto sobre a epigética e as receptora de óvulos;

-"Do ponto de vista genético, é interessante que todas as pessoas saibam que 99,9% dos nossos genes são idênticos. Isto significa que as diferenças que vemos ao nascimento entre uma criança e outra não dependem só de ela ter genes específicos herdados da mãe ou do pai; mas da influência importante dos efeitos do ambiente que determinam como será expresso o código genético. Em outras palavras, o DNA (ácido desoxirribonucleico) não é o único responsável pelas características do ser humano e, independente da origem do óvulo, são fundamentais para formação e desenvolvimento do novo ser, os efeitos do ambiente como o útero, a irrigação sanguínea, a nutrição e até mesmo o modo como a futura mãe pensa. Tudo isso pode afetar a expressão dos genes do embrião." (leia aqui)

Ou seja o ventre da mulher não é apenas uma incubadora, a receptora determina sim mesmo a nível genético, como será seu filho de forma que a criança que nascerá será física e emocionalmente diferente do que a que doou o óvulo. Também sobre essa a decisão entre a doação e ovodoação no site da Silvana Moreira há uma matéria sobre a Dr Alessandra sobre a opção de ovodoação;

"Dentre elas, os tratamentos de reprodução assistida ou a adoção tradicional. Quando se trata da primeira opção, a maioria dos casais ainda espera sair do processo com um filho biológico. No entanto, esse desejo nem sempre é possível, sobretudo, quando as mulheres são diagnosticadas com falência ovariana ou menopausa precoce. Nessas condições, por que não optar por uma adoção diferente? A ovodoação". (leia aqui)

Mas no primeiro momento resolvi pelo caminho da adoção não achei a principio que precisasse de engravidar para ser mãe afinal meu "namorido" já era pai de dois e eu sempre pensei em adotar conversamos sobre adoção e depois que nosso relacionamento ficou sério mesmo entramos na fila de adoção isso foi em 2013, direito de adotar saiu mesmo em 2014 e estamos na fila de adoção em uma espera interminável desde então, nosso perfil é de 0 a 5 anos não achei que fosse demorar porém depende muito da região em que você mora porque embora o sistema de adoção seja a nível nacional não é em assim que funciona, se você está inserido em uma cidade pequena com poucas crianças nos abrigos você ficará na fila por mais tempo que pessoas que moram me cidades maiores até chegar a sua vez na fila no cadastro nacional ou seja como em todas as comarcas existem pretendentes a adoção com perfil igual ao meu vai demorar é isso que assistente social diz.

Eu gostaria de investir em uma criança adotada e não ter que passar por todas as etapas de um tratamento de fertilização com óvulos doados, porém não quero adotar um adolescente para a fila andar mais rápido e diferente de muitas pessoas que adotam e já tem filhos eu quero adotar por que não posso ter filhos e quero ser mãe, porém a dor da espera é cruel ela te visita todos os dias e você não sabe por quanto tempo terá que esperar se serão mais três, cinco ou mais anos. 

Então estou na fila, mas agora pela ovodoação como receptora o médico disse que são mais ou menos três meses até conseguir uma doadora, pessoa essa com generosidade o bastante para doar uma parte dela para eu que realize o meu sonho de ser mãe. E a busca continua. 























segunda-feira, 9 de maio de 2016

A descoberta da infertilidade

Todas nós mulheres sabemos o quanto é doloroso ser infértil, essa palavra por si só já nos assusta desde cedo quando pensamos nesta possibilidade. Eu descobri por acaso embora minha mãe também tenha entrado na menopausa precoce aos 27 anos mesma idade que eu.
Bom eu me casei jovem com 23 anos me separei aos 26 e com 28 ja estava em outro relacionamento e descobri que meu namorado tinha feito vasectomia então quis procurar um médico de tratamento de infertilidade para saber como faríamos para ter filhos. Ele pediu alguns exames para mim e para ele, eu deveria colher meus exames de sangue depois do segundo dia de menstruação e passaram-se dois meses e nada de  menstruar, bem minhas menstruações não eram regulares e eu atribuía isso ao estresse, ligue na clinica e o médico dispensou o segunda dia da menstruação e quando peguei os resultados e vi o resultado de FSH em 49 quando o normal é abaixo de 10 entrei em desespero porque já tinha lido que era um indício de FOP (Falência Ovariana Precoce) ou menopausa precoce como muitos conhecem o fato é que eu já não produzia mais óvulos e não poderia ser mãe como eu sempre sonhava.
A primeira coisa que pensei foi "porque comigo" eu conheci muitas amigas que não queriam ser mães, então porque justo comigo que sempre sonhei em ser mãe. Pois bem todos nós que descobrimos infertilidade ainda jovens sempre passamos por essa fase da lamentação, é normal faz parte. Mas aos poucos eu fui descobrindo que existem varias formas de ser mãe e que eu deveria descobrir qual a forma que tornaria enfim mãe. Essa é uma busca incansável da qual eu penso todos os dias e ainda não sou mãe mesmo depois 5 anos do meu diagnóstico.
O médico de cara me deu opção de ovodoação, porém eu preferi a adoção, mas esse é assunto pra outro post.